Você já se percebeu andando em círculos?
Já teve a sensação de repetir comportamentos, viver a mesma história repetidamente? Como se caísse sempre no mesmo buraco?
Deixe eu falar sobre um texto muito especial que recebi há muitos anos. É uma metáfora que nos convida a refletir sobre processos que se repetem em nossas vidas. Desconheço o autor.
Autobiografia em 5 capítulos:
1) Ando pela rua. Há um buraco fundo na calçada. Eu caio, estou perdido… sem esperança. Não é culpa minha. Levo muito tempo para encontrar a saída.
2) Ando pela mesma rua. Há um buraco fundo na calçada, mas finjo não vê-lo. Caio de novo. Não posso acreditar que estou no mesmo lugar, mas não é culpa minha. Ainda assim, levo um tempão para sair.
3) Ando pela mesma rua. Há um buraco fundo na calçada. Vejo que ele está ali. Ainda assim caio, é um hábito. Meus olhos se abrem. Sei onde estou. É minha culpa. Saio imediatamente.
4) Ando pela mesma rua. Há um buraco fundo na calçada. Dou a volta.
5) Ando por outra rua.
E você já consegue andar por outra rua? Ou se mantém andando pela mesma rua, caindo nos mesmos buracos e vivendo os mesmos processos, os mesmos sofrimentos?
O que te mantém andando pela mesma rua, buscando os mesmos buracos?
Para sairmos de processos repetitivos precisamos entender o que acontece e como parar.
Preparei os 5 Passos para você se Libertar de processos repetitivos.
5 PASSOS PARA SE LIBERTAR DE PROCESSOS REPETITIVOS.
1 – CONHECER O PROCESSO REPETITIVO:
O que é? É uma emoção? É um comportamento? É uma crença? É um evento?
2 – EVITAR NEGAR, CULPAR OU FUGIR DO PROCESSO:
Não adianta negar, não querer entrar em contato, pois, enquanto negamos sua existência, nada muda, continuamos a repetir.
Não adianta culpar outra pessoa pelo que estamos vivendo, enquanto não nos responsabilizamos pela parte que nos cabe, não resolvemos a questão e voltamos a repetir o mesmo processo.
Não adianta fugir. Criamos muitas fugas psicológicas, formas de distração para não entrar em contato. Dentre elas, investimos muito tempo em frente a TV, nas redes sociais, conversas, etc. Nos dedicamos em excesso com comidas, sexo, exercícios físicos, etc. Enfim, nos envolvemos com distrações de toda ordem.
3 – CONTEMPLAR O PROCESSO E QUESTIONAR:
Olhar para o processo repetitivo, considerar e perceber todas as suas partes, suas nuances, suas diferentes faces, sem julgamento, com um olhar compassivo e acolhedor. E, a partir deste olhar, questionar: o que deste processo é minha responsabilidade?
Ao assumir a responsabilidade pelo nosso processo, pelo que estamos sentindo e vivendo, poderemos iniciar uma mudança.
Qualquer mudança só é possível a partir de quando assumimos a parte que nos cabe.
4 – EXTRAIR O APRENDIZADO:
Em tudo que acontece, tem sempre algo a ser aprendido. Podemos extrair o aprendizado que este processo e esta experiência nos possibilita, e, a partir dele, fazer diferente.
Para extrair o aprendizado, podemos simplesmente perguntar: o que posso aprender com isso?
E, a partir de um estado de abertura, podemos perceber o(s) aprendizado(s). Quando aprendemos com a situação não precisamos mais repeti-la, seguimos adiante.
5 – TOMAR UMA DECISÃO:
Tomar uma decisão sobre qual mudança implementar neste momento.
Após olhar para o processo, analisar os aprendizados e a responsabilidade que nos cabe, estamos prontos para escolher o que queremos para a nossa vida.
Talvez a decisão seja de aceitar alguma coisa que aconteceu, um evento, algo que já faz parte do passado. Podemos decidir simplesmente esquecer.
Talvez a decisão seja aceitar ou não aceitar algum comportamento de alguém.
Talvez a decisão seja abrir mão de algo.
Talvez a decisão seja buscar ajuda de um profissional. Quando não conseguimos resolver sozinhos, precisamos de ajuda de um profissional preparado.
Você pode acessar o processo descrito acima no Youtube
Esses são os 5 passos, espero que eles possam te ajudar.
Se tiver dúvidas fale comigo.
Beatriz Bruehmueller
Psicóloga