É um intenso medo que surge na pessoa quando esta em espaços públicos abertos,  especialmente se esta só no meio da multidão. Se estiver acompanhada de um familiar ou de um amigo, seu temor diminui e ela se tranquiliza.

É uma das fobias mais comuns. As mulheres são duas vezes mais propensas a ela do que os homens. Muitos homens escondem sua agorafobia no alcoolismo. Preferem tornar-se alcoólatras a confessar seu grande e incontrolável medo.

O agorafóbico queixa-se frequentemente de viver ansioso e angustiado, a ponto de entrar em pânico. Uma situação angustiante acarreta no agorafóbico reações fisiológicas , reações cognitivas, e reações comportamentais, vamos ver cada uma delas:

1. Reações fisiológicas: palpitação cardíaca, ausências, tensões ou fraquezas musculares, transpiração, dificuldades respiratórias, náuseas, incontinência urinária, etc) que podem levar a pânico.
2.  Reações cognitivas: sentimentos de estranheza, medo de perder o controle, de enlouquecer, de ser humilhado publicamente, de desmaiar, de morrer, cair abandonado na rua etc.
3. Reações comportamentais: fuga das situações de ansiedade, naturalmente, e de todo lugar que lhe pareça distante do local ou da pessoa reconfortante de que ele precisa. A maioria dos agorafóbicos sofre de hipoglicemia.

O medo e as sensações  que o agorafóbico experimenta são tão fortes que o levam inclusive a evitar as situações que não pode evitar.

É por essa razão que ele precisa encontrar alguém próximo e acolhedor com quem sair e um lugar reconfortante onde se refugiar.

Há pessoas que simplesmente não conseguem sair mais de casa. Encontram sempre uma boa razão para isso, antecipando tragédias que nunca se concretizam.

A maioria dos agorafóbicos foi muito dependente de suas mães quando jovens e se sentiram responsáveis por sua felicidade e por ajuda-las em seu papel de mãe.

Para você que sofre de agorafobia, algo que pode ajudar emocionalmente, é, resolvendo sua relação com a mãe.

Os dois grandes temores são o medo de morrer e o medo da loucura. Esses medos vem da infância e foram vividos em isolamento.

Um foco propicio à eclosão da agorafobia é a morte ou a loucura de alguém no circulo familiar.

O medo de morrer é vivido em todos os níveis, embora ele nem se de conta disso.

A pessoa não se julga capaz de enfrentar uma mudança em qualquer domínio que seja, pois isso representaria uma morte simbólica. 

Eis porque toda mudança lhe gera angustia e acentua seu grau de agorafobia. 

Isso também pode acontecer em momentos de transição, como a passagem da infância à adolescência, da adolescência à idade adulta, de solteiro à casado, uma transferência de cargo, uma mudança de domicilio, um novo trabalho, uma gravidez, um acidente, uma separação, a morte ou o nascimento de alguém, etc.

Estes medos e angustias podem ser inconscientes e ficar represados durante muitos anos. Até que um dia, quando atinge seu limite mental e emocional, o agorafóbico não consegue mais se conter, e seus medos se tornam conscientes e visíveis.

Costuma ter uma imaginação fértil e descontrolada. Ele se vê em situações muito além da realidade e se julga incapaz de fazer frente a essas mudanças.

Sua grande atividade mental o faz temer a loucura. Ele não ousa falar sobre suas questões com outras pessoas, pois receia que o considerem louco.

É preciso compreender que isso não é loucura, mas uma sensibilidade forte e mal administrada.

Se você esta vivendo nos critérios acima, saiba que o que esta vivendo não é loucura e não mata. Você simplesmente se abriu demais, quando jovem, para as emoções dos outros, julgando ser responsável pela felicidade ou infelicidade deles.

Por isso tornou-se demasiado psíquico para poder estar à espreita e prevenir infortúnios. Eis porque você absorve todas as emoções e medos alheios quando se vê num local público e passa mal.

Uma dica importante é aprender a verdadeira noção de responsabilidade, pois aquela em que você acreditou até agora não é boa para você.

Somos responsáveis por tudo aquilo que pensamos, sentimos, fazemos e falamos. E o outro, é responsável pelo que ele, pensa, fala, sente e faz. Somos responsáveis pelo outro, quando este outro é um filho menor, até alcançar maioridade. Fora isso, somos responsáveis apenas por nós mesmos. Deixe a responsabilidade a quem pertence.

Este material foi retirado, em sua grande maioria, do livro As Cinco Feridas Emocionais da Lise Bourbeau. No livro ela sita como as principais possibilidades de desenvolver a agorafobia, as pessoas que sofrem da Ferida do Abandono que é a máscara do  Dependente, e o Controlador, que é a máscara da Ferida da Traição.

Gostou deste conteúdo? Gostaria de saber mais? Sugiro a leitura do livro As Cinco Feridas Emocionais ou você pode assistir os vídeos que gravei sobre cada capítulo, e estão disponíveis no meu canal do youtube Beatriz Bruehmueller.

Link para As cinco feridas emocionais em video. https://www.youtube.com/watch?v=Ba25BO8vgjQ&list=PLxEkghMdGrfKo8orlD18b-0JYuKdzBDq5