Somos seres emocionais

Somos seres emocionais. Pesquisas comprovam que desde a vida intra-uterina, o bebe já consegue diferenciar a qualidade do toque que é dado na barriga de sua mãe. Percebe quando é um carinho que está sendo direcionado a ele, assim como quando a mãe está brincando colocando a mão onde está o seu pézinho, vindo a repetir os movimentos.

Percebe também quando está sendo desejado e amado e quando não está sendo esperado, desenvolvendo em si os sentimentos de aceitação e de rejeição, que contribuirão para a formação de sua autoconfiança e auto-estima.

Por estar tão intimamente ligado à sua mãe, percebe as emoções que ela está vivendo, mesmo quando estas emoções não são dirigidas a ele, guardando em sua bagagem emocional todo este conteúdo vivenciado.

Estas percepções e vivências contribuirão para a sua saúde emocional. Quando o feto sente-se rejeitado, levará para a sua vida esta sensação, e mesmo que a situação mude e ele passe a ser desejado e amado, aquele nódulo de energia psíquica muitas vezes permanece.

O interessante é que a rejeição pode até não ter ocorrido, porém o que, de fato, influenciará é o sentimento que ficou registrado nele. Isto é algo muito interessante sobre as emoções humanas, pois independe da intenção do outro o que vai criar bloqueios e até mesmo traumas é a forma como o ser sentiu, percebeu e registrou em seu mundo interno.

Muitas experiências vividas na infância e na vida intra-uterina podem se transformar em crenças, e estas crenças  têm um peso muito grande. Porque foram formadas em um momento em que não tínhamos recursos internos para questionar, para analisar, muitas foram baseadas em um único fato.

Por exemplo, um bebe está chorando e deseja o colo de sua mãe, porém a mãe está longe, nem ouviu, não percebeu. Esse bebe passa um tempo chorando e para ele a percepção do tempo pode ser muito grande, então, ele pode criar dentro de si uma sensação de rejeição, que vem acompanhada por pensamentos do tipo: “minha mãe não me ama.”

E se este fato volta a se repetir, a cada vez, ele pode ir confirmando aquele pensamento, tornando cada vez mais forte, como uma verdade inquestionável e ele pode, inclusive, generalizar para: “ninguém me ama”.

Mesmo quando, mais tarde, receber provas de grande amor, dentro dele, parece não ser verdade, porque é assim que as crenças dirigem nossa vida. Resultando daí pessoas com baixa auto-estima.

Os avatares Sri Amma e Sri Bhagavan, fundadores da Oneness University, na Índia nos ensinam que:

“Todo o amor só pode começar com o amor por si mesmo. Perceba que você pode fazer para os outros apenas o que você faz a si mesmo. A maneira como você se relaciona internamente é exatamente a forma como você se relaciona com os outros. Quando você parar de brigar e se aceitar da forma como é, então você se apaixonará por si mesmo. Você terá feito as pazes por dentro e, portanto, com o mundo. E então você poderá descobrir que o amor é a essência deste universo. É a sua verdadeira natureza”.

Todos os seres têm necessidade de receber carinho e sentirem-se amados, por isto é fundamental saber dar e receber amor, a começar conosco mesmo.

Beatriz Bruehmueller

Psicóloga, Coach e Trainer em PNL e Neuro-Semântica

Maio/2010

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